O futuro dos data centers

A computação na nuvem mexe muito com o imaginário das pessoas. A virtualização transforma a estrutura de TI em uma espécie de espectro, como se ela não existisse. Mas, óbvio, dados e arquivos de qualquer aplicação que use a internet estão armazenados em data centers.

Inclusive a nuvem, que não passa de um data center que oferece o armazenamento e a disponibilidade de dados como um serviço. Sua popularização, contudo, não significa o fim dos data centers ou a diminuição do seu uso. Pelo contrário. A tecnologia que vem a seguir forçará a criação de mais e mais estruturas para armazenamento de dados e arquivos.

A economia moderna estará em um futuro próximo totalmente atrelada aos dados, fazendo explodir a demanda por data centers. Isso tem uma implicação forte e direta no ambiente corporativo, que precisará arquitetar suas operações prevendo a expansão de suas necessidades por armazenamento. Nuvem? On-premise? Modelo híbrido? Tudo é válido. Contudo, é necessário ficar atento aos caminhos da transformação digital e estudar o melhor modelo para si.

Explosão de serviços digitais

Os streamings são uma boa amostra do que é um negócio totalmente digital que prescinde de uma infraestrutura enorme de armazenamento e transmissão de dados. Plataformas como a Netflix, por exemplo, precisam de espaço suficiente em servidores para manter um imenso catálogo de filmes digitalizados, além de dados pessoais de dezenas de milhões de usuários. 

De acordo com estudos da Queen Mary University of London, no já longe ano de 2015, a empresa foi responsável por 37% do tráfego da internet mundial. Foram dois milhões de terabytes enviados para clientes no mundo inteiro a partir de 233 data centers espalhados nos seis continentes. Hoje, além de uma provável expansão da Netflix, outros players entraram no mercado, certamente ostentando números similares.

É uma boa amostra dos efeitos da transformação digital e da crescente necessidade de tecnologias de storage. Essa situação pode se tornar dramática se considerarmos que todas as indústrias estão passando por esse mesmo processo. Com tudo sendo digitalizado e ofertado pela internet, cresce não só a demanda por data centers e servidores, mas esses equipamentos passam a ser protagonistas dos negócios nesta nova economia.

São eles que possibilitam a existência do negócio, precisando ser percebidos como atrelados à atividade fim de cada empresa, não importando o segmento. Dessa forma, sua expansão não pode ser considerada um custo marginal, mas um movimento inteligente cuja escalabilidade se torna um valor para os negócios digitais.

Em última análise, quanto mais as indústrias avançam em direção aos dados, mais cresce a procura por soluções de armazenamento e os serviços atrelados a ela. Crescem também o consumo de energia e a necessidade de estruturas físicas.

Nuvem x Data Center

É uma falsa oposição presumir que nuvem e on-premise sejam soluções excludentes. Se a nuvem rompe com barreiras geográficas e dispensa uma estrutura própria de servidores na sede das empresas, os data centers são fundamentais para o processamento de dados na borda. Em vez de concorrer, são modelos complementares que possibilitam o máximo desempenho das aplicações, que é sempre requerido pelas empresas.

Esse é um tema bem sensível, pois está claro que a cloud computing não terá exclusividade para cargas de trabalho. O avanço da computação na borda é um grande indutor do uso de micro data centers. 

O processamento de dados mais próximo de onde são gerados, na borda, diminui a latência, dando mais eficiência às aplicações. Em alguns casos, é uma obrigação legal, com a exigência de que aplicações críticas tenham um tempo de resposta mais rápido e uma largura de banda alta. A computação na borda é altamente eficaz para a internet das coisas (IoT), que prescindem de alta confiabilidade e pode até ser mais barata e eficiente do que a nuvem.

Outro fator indutor da vida longa dos data centers é a tecnologia 5G. Sua arquitetura funciona no modelo de transmissão “muitos para um”, que significa que os dispositivos conectados à rede passarão por várias torres de transmissão para gerar a experiência de alta velocidade e baixa latência. Para tanto, precisarão de muitos data centers para processar esses dados na borda.

Mas a grande questão é que a edge computing e o 5G farão surgir uma infinidade de novos produtos e serviços. Com o avanço das pesquisas e os movimentos de mercado, mais e mais dispositivos estarão conectados, transmitindo dados em uma escala nunca antes vista. É esperado para 2025 que 75 bilhões de dispositivos de IoT estejam ativos. Nuvem e data centers têm a missão, em conjunto, de dar conta de toda essa demanda.

Tecnologia em evolução

O cenário descrito acima é muito desafiador. Para que seja possível transformar tudo em realidade, os data centers também precisam evoluir. Consumo de energia, espaço físico e refrigeração são pontos a se considerar para se alcançar a alta performance desejada.

Merece destaque também a segurança da informação. É preciso alinhavar os níveis de segurança à demanda por data centers para que os dados, um dos mais importantes ativos de uma corporação, tenham sua integridade preservada e estejam sempre protegidos contra vazamentos e perdas.

Em linhas gerais, os data centers estarão mais do que nunca ligados diretamente ao risco do negócio. Falhas críticas podem levar empresas a prejuízos inimagináveis, que podem levar ao seu fechamento. Por isso, os investimentos em hardware, software e pessoal especializado tornam-se imprescindíveis. Tudo para otimizar a capacidade de armazenamento, aumentar a velocidade dos servidores e prover uma compactação mais eficiente dos dados.

A tecnologia evolui para tornar os data centers poderosos meios para a viabilidade técnica dos negócios digitais. A Guaíba Soluções trabalha para levar o alto desempenho computacional para todos os clientes, garantindo o máximo de conectividade, disponibilidade de dados e escalabilidade para beneficiar a realização de negócios.