Segurança da informação por que sua empresa precisa se importar
Os ataques cibernéticos não são uma novidade no setor de TI. Desde que a tecnologia da informação e a programação se espalharam pelo mundo, popularizando os computadores e sua infraestrutura como soluções, que vírus, ataques e invasões fazem parte do cotidiano de técnicos e analistas.
As novidades, talvez, sejam a proporção dos crimes cibernéticos e a agenda dos criminosos. Os alvos agora são as corporações e todo o valor que os dados têm para elas. Empresas agora têm que lidar com um inimigo anônimo e obstinado para se apropriar da matéria-prima das atividades empresariais modernas, as que têm a tecnologia da informação como elemento central do seu funcionamento.
Segurança da informação é um tema urgente que precisa ser tratado com seriedade por governos, empresas, profissionais de TI e por todos os cidadãos, já que a abrangência do problema não deixa ninguém escapar de suas consequências. Vamos mostrar neste artigo porque você e sua empresa precisam estar cada vez mais preparados para conter essas ameaças e criar uma nova cultura de proteção para o seu negócio.
Empresas e dados: os alvos preferidos
Quanto mais a transformação digital avança, mais os hackers têm oportunidades de causar estragos a uma corporação. Os pontos de acesso se multiplicam e tornam o perímetro de proteção mais amplo e difícil de defender. Estar um passo à frente dos criminosos é uma vantagem que precisa ser perseguida.
Mas o que tanto querem os cibercriminosos? É uma resposta complexa, que pode ir de puro interesse econômico até orquestrações de grupos de ativistas com pautas políticas. Nos últimos tempos, as atividades cibernéticas clandestinas têm se intensificado, em movimentos que incluem governos, guerras empresariais ou o simples sequestro de base de dados.
De acordo com relatório da empresa israelense Check Point, o mundo vive a quinta geração de ciberataques. Os quatro primeiros estágios foram os vírus compartilhados por disquetes, depois pela internet, seguido da exploração de falhas em aplicações e programas e pela infecção por malwares.
O desafio de hoje é conter a invasão em grande escala a corporações a partir de sua alta conectividade. Qualquer dispositivo conectado à rede da empresa é um potencial ponto de entrada para os atacantes. E do que eles estão atrás? De algo que tenha valor para você.
Um ciberataque moderno não é como um roubo, em que objetos são subtraídos. Assemelham-se mais a sequestros, com os dados de um negócio sendo bloqueados por criptografia, deixando suas atividades paralisadas. Essa indisponibilidade pode causar prejuízos imensos a uma empresa ou instituição, com o risco até de levá-la ao fim.
Não é exagero. A falta de confiança na segurança cibernética pode deixar uma empresa isolada do seu ambiente de negócio e sanções das legislações modernas podem forçar sua paralisação, causando danos irreversíveis. Este receio é o que desejam os hackers, explorando a vulnerabilidade das empresas.
O risco de negócio é real. Tanto quanto a ameaça iminente de ser invadido, ter dados vazados e ter de responder à dureza das autoridades e do mercado.
Ransomware: uma epidemia a ser combatida
Dados da mesma Check Point mostram uma situação assustadora: em 2021, o número de ataques de ransomware aumentaram em 92% no Brasil. Muito acima da média global. O país é um dos maiores locais de atividades hackers com o fim de sequestro de dados. Muitas empresas já foram vítimas e precisaram lidar com os prejuízos.
Mas esse é um problema longe de ser doméstico. Tanto que o presidente americano Joe Biden convocou autoridades de 30 países para discutir estratégias de cooperação para conter o ransomware. É uma ameaça que escala, atingindo corporações e ameaçando mercados, empregos e a economia como um todo. É uma espécie de epidemia, que tem afetado o universo corporativo e a vida comum dos cidadãos, que ficam cada vez mais expostos com todos os negócios convergindo para o uso de seus dados pessoais.
Um avanço necessário é a criação de legislações robustas para termos ambientes informacionais menos insalubres. O Brasil reagiu rápido e criou um marco regulatório moderno, a Lei Geral de Proteção de Dados. É um instrumento legal que força as empresas a tratarem seus dados e dos seus clientes com muito cuidado, sob a pena de pesadas sanções.
Mas a LGPD não foi criada para punir. E sim para garantir a privacidade de dados críticos e pessoais, dar segurança jurídica a empresas e cidadãos e elevar a qualidade da segurança cibernética das nossas empresas e instituições. Para tanto, é necessário estabelecer altos níveis de conformidade, em um movimento que envolve muito mais um incremento na infraestrutura e nas boas práticas de TI do que propriamente formalizações jurídicas.
Rumo a uma nova cultura de cibersegurança
A datificação dos negócios tem criado ambientes que, para muitos, são inteiramente novos. Trabalhar com estruturas de TI no dia a dia tem deixado de ser exclusividade de técnicos e analistas de tecnologia. A tendência é que todos os cargos e operações de trabalho em uma empresa tenham alguma dependência da infraestrutura de TI.
Isso gera a oportunidade de criar uma cultura organizacional que considere e valorize a incursão dos funcionários nessa realidade. Incluindo treinamento de boas práticas, identificação de ameaças e riscos e o papel de cada um em um plano de recuperação de desastres. Também o uso de tecnologias como computação na nuvem e realização de backups.
No fim das contas, é unir o elemento humano às tecnologias para manter a segurança em níveis compatíveis com as ameaças, além de buscar estar sempre à frente dos potenciais problemas de segurança da informação.
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